A certificação RTRS (Round Table on Responsible Soy) é uma certificação internacional que visa garantir a produção de soja responsável, considerando uma abordagem integrada de sustentabilidade. A certificação avalia cinco critérios essenciais.

O primeiro deles é o Cumprimento Legal e Boas Práticas Empresariais, que assegura que a propriedade e a operação da produção de soja estejam em conformidade com todas as leis e regulamentações. Esse critério também avalia a implementação de boas práticas empresariais, como a transparência e a ética nos negócios, garantindo que a produção de soja seja realizada dentro de um quadro legal bem estruturado.

O segundo critério é o das Condições de Trabalho Responsáveis, cujo foco é garantir que todos os trabalhadores, diretos e terceirizados, tenham seus direitos trabalhistas respeitados, de acordo com as leis trabalhistas em vigor. Isso inclui a garantia de condições de trabalho seguras e justas, com a eliminação de práticas como trabalho infantil, trabalho forçado e discriminação. A certificação busca assegurar também que as condições de saúde e segurança no ambiente de trabalho estejam de acordo com as melhores práticas.

O terceiro critério aborda as Relações Comunitárias Responsáveis, que requer que a propriedade produtora de soja mantenha um relacionamento positivo com a comunidade em que está inserida. Deve possuir canais de comunicação abertos que permitam que a comunidade consiga abordar a empresa a qualquer momento e de forma eficaz. Este critério verifica se a empresa contribui de forma benéfica para o bem-estar da comunidade e respeita os direitos da população local.

O quarto critério, a Responsabilidade Ambiental, busca avaliar se a propriedade cumpre os regulamentos ambientais e adota práticas sustentáveis. Isso inclui a gestão adequada de resíduos, o uso responsável de produtos químicos e fertilizantes, e a proteção de ecossistemas locais. Avalia também se toda a legislação ambiental está sendo aplicada e se existem medidas de mitigação para impactos negativos ao meio ambiente.

Por fim, o quinto critério se refere às Boas Práticas Agrícolas, que avaliam se a propriedade possui implementadas ações relacionadas ao uso do solo, da água e de insumos, garantindo a sustentabilidade da produção, aliando a produtividade à preservação do meio ambiente.